Compostos de Carga : Custo x Performance

18.10.2025 12:52h

Compostos de Carga : Custo x Performance

Compostos de Carga : Custo x Performance

O carbonato de cálcio (CaCO₃) é um dos minerais mais utilizados como carga em polímeros, presente em diversas aplicações industriais, ele se consolidou como um aditivo fundamental na formulação de plásticos, principalmente em matrizes como polietileno (PE), polipropileno (PP) e PVC, porém, quando falamos em compostos de carbonato de cálcio, sempre surge a dúvida: até que ponto esse insumo representa apenas uma forma de reduzir custos e quando ele pode, de fato, agregar performance ao produto final?

Por que o carbonato de cálcio é tão utilizado?

O carbonato de cálcio é amplamente aplicado por apresentar uma combinação de fatores atrativos:

  • Abundância e baixo custo: é um dos minerais mais disponíveis no planeta, com grande oferta no Brasil.
  • Facilidade de processamento: pode ser incorporado em diferentes polímeros sem exigir grandes modificações no processo produtivo.
  • Versatilidade: usado em embalagens, filmes, tubos, peças injetadas, fios e cabos, perfis de PVC, entre outros.
  • Sustentabilidade: substitui parte da resina virgem, reduzindo o consumo de recursos fósseis e a pegada de carbono.

A equação custo x performance

1. Custo

O primeiro impacto do carbonato de cálcio está no custo final da formulação. Como o preço do CaCO₃ é significativamente inferior ao das resinas plásticas, sua incorporação reduz o custo do produto acabado, em segmentos altamente competitivos  como embalagens descartáveis e filmes agrícolas essa vantagem é decisiva.

2. Performance

Nem sempre adicionar carbonato de cálcio significa perda de propriedades. Pelo contrário, quando bem formulado, ele pode melhorar características do material, como:

  • Rigidez e estabilidade dimensional
  • Opacidade e acabamento superficial
  • Melhor dispersão de pigmentos
  • Aumento da condutividade térmica (facilitando processos de extrusão e resfriamento mais rápido)

Por outro lado, altas concentrações podem comprometer impacto, alongamento e resistência à tração, exigindo equilíbrio entre economia e desempenho.

Onde está o ponto ótimo?

O segredo está em encontrar o ponto ótimo de incorporação: um nível de carga que permita reduzir custos sem prejudicar a performance mínima exigida para a aplicação. Esse ponto varia conforme:

  • Tipo de resina: PP, PE, PVC ou outros.
  • Granulometria e tratamento superficial do CaCO₃: carbonatos ultrafinos e tratados com estearato de cálcio, por exemplo, oferecem melhor dispersão e propriedades mecânicas mais equilibradas.
  • Aplicação final: tubos de pressão exigem critérios diferentes de um filme para sacaria.

Carbonato de cálcio e sustentabilidade

Outro ponto relevante é que o uso de CaCO₃ permite diminuir a quantidade de polímero virgem, isso se conecta à pauta da economia circular, uma vez que contribui para menor consumo de recursos fósseis e menor geração de resíduos. Além disso, o carbonato tem menor emissão de CO₂ em sua cadeia de produção, comparado à produção de resinas plásticas.

Os compostos de carbonato de cálcio não são apenas uma alternativa para “baratear” produtos plásticos, quando aplicados com critério técnico, eles representam uma solução que equilibra custo e performance, garantindo competitividade e mantendo as propriedades necessárias para cada aplicação.

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